Saudações Baianas...

"Há tempo... muito tempo, que estou longe de casa..."

É assim, regado ao som de Belchior que começa alguns relatos e curiosidades do mundo baiano do paulista.

Há sete meses, vivendo a vida de casado, afirmo: É bom, é muito bom... mas vamos ao início, uma retrospectiva deste ano.

Depois de um ano novo maravilhoso, rodeado dos melhores amigos e família desses começados com pé direito mesmo e sopa de lentilha, um retorno ao lar por meio de uma folga forçada do trabalho em solo nordestino, voltei a bahia não de tanto bom humor assim, saudade apertada e sabendo que tirando o lado profissional que estava em uma crescente, não havia muito o que comemorar.

Mas as coisas mudaram...

Num belo dia, em uma das ociosas tardes sem amigos e caras conhecidas, em uma dessas lan house de dois computadores, conheci uma guria... adiantando um pouco... depois de algumas conversas e notado o acaso dela também, não ter muitos conhecidos por não ser da cidade, marcamos um encontro, no maior shopping da cidade, que mesmo regado a violão e voz, não fica a frente das galerias de santo andré.

Enfim, dado o dia do encontro, hora e local passados a limpo, estava eu lá, caxias que sou, alguns minutos adiantado. Chegada a hora, ou melhor, depois de alguns poucos momentos de ansiedade, vem subindo as escadas, eu meio que sem acreditar, até ver meu telefone tocar em cima da mesa...

Continua...

Entre uísques e jaquetas de couro

Continuando...

Terminada a mudança pro novo apê, eu já estava começando a me ajustar a idéia de que eu virar dono-de-casa de novo e por tempo indeterminado, quando pra minha surpresa uma das entrevistas que eu fiz acabou se tornando algo concreto e no dia 15 de setembro eu comecei no novo trabalho.
Por coincidência foi nesse mesmo dia que eu tive meu primeiro contato com alguém conhecido em solo argentino, meu pai veio pra cá a trabalho e veio pra ficar um mês.
Depois de 2 meses e meio sem ver nenhuma cara conhecida, fora a chica, eu ia passar um mês vivendo o sonho americano com meu velho. E assim foi, os melhores restaurantes, os melhores vinhos, os melhores lugares e tudo pago com a 8ª maravilha do mundo moderno e capitalista... o cartão de crédito corporativo.
Fora isso, meu velho também me trouxe umas muambas que eu pedi, uma blusa, um tênis novo e uma garrafa de Red Label.
Durante os primeiros meses que eu estive aqui, por motivos econômicos óbvios, a única coisa que eu comprei foi uma blusa de 35 pesos. Mas desde que eu cheguei estive namorando uma jaqueta de couro aqui. Cheguei até a entrar na loja e provar a porra da jaqueta umas duas ou três vezes. Eu sei que parece uma futileza, e é mesmo mas quem não quer uma jaqueta de couro?!
E foi justamente essa a primeira coisa que eu comprei com meu primeiro salário, e já que eu estava gastando, resolvi gastar em grande estilo e comprei uma jaqueta de couro pra chica também, de presente de aniversário.
Acho que nunca me senti tão bem comprando roupa. E caros amigos tenho que dizer uma coisa:

Você não é um homem completo se não tem uma jaqueta de couro.

Continua...

Coisa de homem...

Continuando...


Minha busca por trabalho se tornou um tanto quanto frustrante, depois de algumas entrevistas. O que acontece é que todas as entrevistas que eu fiz me deixaram com a impressão de que a vaga tava no papo e na realidade as coisas não eram bem assim. E isso, somado ao fato de eu ficar em casa enquanto minha namorada saía pra trabalhar todo dia, meio que me deixou pra baixo por uns dias.
Nessa mesma época a gente encontrou um outro apartamento, um apê de verdade. Com tudo muito grande, bem dividido e por praticamente o mesmo preço que a gente pagava pelo cafofo.
Isso foi uma coisa boa, e que reanimou meus ânimos porque nas semanas que se seguiram eu tive que me ocupar em tornar o novo apê habitável e limpo pra gente se mudar.
Falando assim parece muito simples deixar o apartamento nos trinques, mas não foi. E explico porque.
O apê já tinha alguns móveis, todos eles velhos e fudidos, e eu lixei e pintei tudo. Tudo significa:
- guarda-roupa embutido (8 portas)
- cama de casal
- 2 criados-mudos
Fora isso, eu reformei um guarda-roupa pequeno que a gente tinha no outro apartamento, e transformei ele numa estante pra sala, onde hoje está a TV.
Mas a pior parte foi tirar o carpete que tinha no quarto, espatular todo o piso e depois colocar um piso novo. Isso foi foda mas na colocação do piso minha chica me ajudou.
Fodi tanto as minhas mãos que achei que elas nunca mais seriam como antes. Trabalhei pra caralho mesmo, e valeu a pna porque ficou tudo lindo.
E nesse ponto gostaria de expressar outra observação.
Todo esse trabalho foi altamente recompensado com doses cavalares do melhor pagamento que uma mulher pode dar a um homem, amor. E vale lembrar que eu sabiamente somei a todo esse trampo meus dotes culinários, o que tornou a recompensa inimaginavelmente prazerosa.
Fora que me senti muito mais macho por conta de todo esse trabalho braçal, isso realmente torna um homeme mais homem.


Continua...

Saludos porteños

Seguinte...
Queridos demônios, escrevo para passar pra vocês um "geralzão" do que tem acontecido comigo aqui em solo porteño.
Bom, vou começar do começo que é como toda história deve ser contada.
Cheguei, cheio de amor e louco de tesão pela minha gatinha argentina, fui muitíssimo bem recebido por todos e me senti bm a vontade desde o princípio. As primeiras semanas foram de puro e intenso "amor carnal", como vocês já deviam ter previsto se me conhecem tão bem quanto eu penso que me conhecem.
Todos os trâmites ficaram pra depois, faculdade, trabalho, visto, coloquei tudo isso em modo de espera e me dediquei exclusivamente a amar. O segundo passo foi organizar minhas coisas no cafofo, o que não foi nada muito complicado por 2 motivos:
1º - Eu não trouxe quase nada, só o que era realmente necessário.
2º - O kitnet era tão pequeno que não me deixava muitas alternativas, mas era aconchegante... Um verdadeiro ninho de amor.
Na etapa seguinte (+ ou - 3ª semana) me dediquei aos trâmites da faculdade, e foi tudo basicamente como o esperado. E a partir daí também já comecei a correria atrás do visto e de trabalho.
E enquanto eu procurava trabalho e fazia as primeiras entrevistas, comecei a me dedicar aos afazeres domésticos e acabei encontrando meu novo hobbie, cozinhar. E aqui fazemos uma pausa pra eu explicar pra vocês porque gosto disso.
Reafirmação de masculinidade
O lance com a gastronomia é o seguinte:
Tudo nasce a partir do ócio, o ócio realmente acaba por levar o ser humano a caminhos interessantes. E foi isso que me levou pra cozinha, cozinhar pode ser uma atividade bastante divertida se combinada com a dose certa de álcool e tabaco, e claro uma boa música. De preferência deve-se mesclar o máximo de ingredientes e de condimentos no prato que vai ser preparado, e fazer tudo dançando muito e cantando sozinho só de cueca feito um louco. A quantidade de álcool e tabaco varia de pessoa pra pessoa mas eu sugiro como mínimo uma garrafa de cerveja e 3 cigarros. O tempo gasto pra fazer um rango firmeza é + ou - 2 horas.
Fora a diversão solitária e a sujeira, eu também garanto pra vocês uma namorada morta de feliz e um pagamento à vista em sexo selvagem* e apaixonado como recompensa do trampo gastronômico.
Masculinidade reafirmada

*o sexo selvagem tem uma melhora proporcional à melhora dos seus dotes culinários.


Continua...

Não muda. Não passa. Não volta.

E ele voltou.
Tudo novo, diferente.
Grande coisa, tudo muda - ele também mudou.

Grande coisa.
Tudo muda.
E essa é a constante-mor da vida.
Pelomenos da dele.

É, porque tem gente que parece imune.
Parece que não muda.
Se isso é bom ou mal...
não importa também.

Às vezes é bom perceber que nada mudou.
Um abraço, umas risadas e tá tudo igual.
Como era antes.
Como era bom antes.

Se não fosse nossa necessidade quase sobrevivente de seguir em frente.
Ficaríamos no passado - com certeza.
Mas isso é uma questão filosófica demais.
É ciencia demais especular uma coisa que não se pode mudar.
As coisas mudam, o tempo passa e nós sobrevivemos.
Tudo que der tempo.

Mas se não fosse o tempo passar, não existiria saudade.
E saudade não passa.

Dezesseis quilos de prosa.

- Bom dia.
Dia!
O que vai querer?
- Tem refrigerante light?
Refrigerante?
Tem de uva, laranja e coca.
Tem soda também...
- Eu quero light.
Desse não têm moço...
Mas têm lanche natural. De presunto, salame...
- Não quero lanche.
- Quero um refrigetrante para limpar a garganta - Mas quero light.
- Sabe onde vende?
Ih moço... Sei não.
- Não têm um mercado por perto?
... Têm sim. Mas 'cê vai ter que andar um pouquinho.
... 'Cê vai aindar essa rua até chegar numa travessa pro lado de cá...
é de cá, e...
- Tudo bem, obrigado. Vou ficar por aqui mesmo.


REFRIGERANTE LIGHT.
NÃO DIET.
SERIA MAIS LEVE...
NÃO MUDA MUITA COISA.
MAS JÁ ALIVIA O SEU PESO NO MUNDO
E NA CONSCIÊNCIA DE QUEM SE DISPOR.
TÊM UM AMARGUINHO NO FINAL,
MAS SE ACOSTUMA.
POIS O QUÊ NÃO TEM?

Malvados.



Qualquer semelhança...

Fudeu!

Seguinte...
Faz tempo que venho ensaiando pra escrever algo aqui, ou em qualquer um dos outros blogs que eu participo, mas a coisa simplesmente não acontece, nada do que eu vou escrever parece me despertar o interesse mínimo necessário pra se fazer importante, e então eu comecei a pensar e a relacionar as coisas.
Talvez seja muito trabalho, talvez seja a faculdade, talvez as saídas malucas de fim de semana, talvez sejam os problemas em casa, ou talvez não seja nada disso. Talvez eu só consiga escrever alguma coisa que presta quando me sinto inspirado, e mesmo pra alguém que vale tão pouco como eu, inspiração significa mulher.
Eu sei que é difícil admitir mas é bem por aí mesmo... Por mais que as coisas que venham a ser escritas possam embrulhar o estômago dos menos sentimentais, posts bunda-mole poderam ser sim postados no futuro. Afinal de contas isso aqui é praticamente um bar e está cheio de amigos e nada melhor do que um bar com amigos pra que você encha a cara e o saco dos seus amigos falando de uma mulher, nada mais engraçado do que um bêbado apaixonado.
Acho que já deu pra entender o que eu estou querendo dizer, né?!

Fudeu... Rapazes, tô boladão de amor!
Me xinguem, me batam, escarneçam, mas por fim tomem uma com limão por mim porque isso está me fazendo um bem do caralho.

Fudeu, mas foda-se!

Testemunhos de uma samambaia na janela de um solteiro.

Este testemunho é fictício (não diga!), mas é um relato de advertência para todos aqueles que pensam em cometar o maior engano de suas vidas.
Deixar de ser solteiro.


"Ele entra em casa, toma um banho e vai enrolar.
Até a hora que o sono é mais forte e o sofá começa a incomodar.
O despertador toca duas vezes pra ele levantar.
Se está de bom humor, toma um banho, café completo, escova os dentes e vai se arrumar.
Coloca uma música, água no meu prato, resmunga algo estranho como se estivesse conversando e sai para trabalhar.
Volta na hora do almoço, deita na cama, só para descansar.
Levanta, e vai embora direto, sem ao menos me notar.
Dias passam, e ele está de mau-humor.
Minhas folhas caem, a terra fica seca, mas ele também deve estar.
Ele acorda meio amarelo, sai atrasado, incomodado, nem queria levantar.
Até que um dia denovo, ele liga a música, toma um banho, coloca a água e fala qualquer coisas sem sentido, com um sorriso no rosto, que me faz brilhar.
Até que começa tudo outra vez.
"



Você conhece algum homem solteiro que tem uma samabaia?
Eu não.
Mas existem homens solteiros que não perceberam que já estão casados.
E nem é com uma samambaia.

Então, pra não se enganar.
Esse é o segredo, namore primeiro uma samambaia.
Depois um cachorro bem chato.
Depois uma mulher bem ocupada.
Depois uma chata.
Se você sobreviver e ainda pensar em casar,
então ou você não existe, ou voce vai ter um bom casamento.


Se é que existem os seres míticos da ultima linha.

O 'plano B'.

'É agora que entra a melhor ideia de todas:
O seu plano B vai ser se manter no plano A.'

(Amin)





Aguarde.

O circo do bêbado.

O bêbado é mais sincero.

A inocência fica estampada em seu olhar perdido.

O bêbado é mais inocente.

Por algum motivo, o bêbado não liga mais se as pessoas o acham esperto ou não.
O bêbado sempre está sendo esperto, mas de um jeito diferente.

O bêbado não está nem aí.

É fácil perceber os olhares de reprovação, e, para o bêbado, eles se tornam particularmente mais engraçados.

O bêbado tira sarro.

O bêbado é a sátira da sociedade, todos que o assistem, no fundo têm um bêbado querendo se libertar.

O bêbado está livre.

Felizmente é passageiro, estar livre sempre será uma condição temporária, e o bêbado é um daqueles que a alcança.

O bêbado é livre.

Poder chorar quando se está sofrendo, poder gritar quando se está querendo, é ser livre em essência.
Todos querem ser livres, na raiz de seus anseios, mas sempre há um motivo razoável para conter nossos instintos mais naturais.

O bêbado ri.

O bêbado é o palhaço no circo do mundo.
E ri porque todos riem de seu nariz vermelho,
sem perceber que estão todos usando maquiagem.

Mais dos mesmos!

Se você gosta das barbaridades feitas pelos seres demoníacos que aqui escrevem,
agora voce terá um novo endereço para econtrar coisas do gênero.

Os três demônios vão atacar em outra direção paralela a desse blog em que escrevo.
Todos nós ja tinhamos blogs paralelos, mas este será o outro que estaremos juntos também, com uma equipe maior, para fazer coisas diferentes, mas não vamos perder nossa identidade com a qual você leitor ja está acostumado.

A idéia é juntar um bando de amigos com o interesse comum em fazer música, e o que der certo será publicado. Então nete novo blog, encontrará desde poemas e arranjos musicais, até videos de bandas que nos interessam e nossas próprias músicas e vídeos.

O link para o blog está aqui.
O projeto é novo, mas promete.
Por isso, por enquanto ainda não tem muita 'movimentação'.

Aprecie sem moderação.
http://maisumabandavirtual.blogspot.com/

O fim. Ou apenas o começo.

Férias nunca dá tempo.
Nem sei porque está no plural.


Sempre assim, passa natal, ano novo, carnaval.
Depois a vida tem que voltar ao "normal".

Mas que porra de normal é esse que não dá a menor vontade de voltar.
Maldita rotina que mal esperamos acabar.
E voltar às férias novamente.
Onde estávamos com a cabeça quando escolhemos uma vida com um deficit tão absurdo na 'parte boa' da vida?
Porque sentir saudade da 'juventude perdida'?
Naquele tempo era para ser melhor, quando crescer, quando ficar mais velho, ganhar dinheiro ser independente..

Tudo mentira!
Ficamos escravos do dinheiro.
Escravos do tempo, das responsabilidades da idade, do casamento.
Ficamos mais dependentes.
Daí descobrimos que éramos mais livres, mais felizes, mais isso ou aquilo.
Tudo mentira!
Como se pode ser tão burro, a ponto de esperar que uma coisa fique melhor, e depois passar o resto da vida achando que não deveria deixar de ser como antes.

Tempo.
A vida nunca dá tempo.
Tempo não se ganha nem se perde.
Tempo passa e só.
É uma merda, não podermos controlar isso.
Pior é nunca aprender a lidar com ele.

Dois insones em uma noite dessas..

Amin e eu tocando Sonny do New Found Glory.
Essa música tem história.