Não tão certos...

tem certos momentos que insistem,
nos vira na cama, suspira,
diante dos olhos.

uma cena, centenas,
coisas intensas.
às vezes sem entender.

coisas incertas,
invadem nossos sonhos,
tiram nosso sono.
às vezes pra dizer,
o que aconteceu, pode
ou deveria acontecer.

uma cena, obscenas,
coisas intensas.
às vezes sem entender.

sonho bom.
diante os olhos.
na pele.
vira na cama.

acorda!
tem que dormir.

" O dia em que a terra rimou" Por Bruno Vasco e Everton Tiezi

Peço a palavra, não que eu tire dela qualquer proveito, mas aproveito a oportunidades que me destes, para dizer que minhas aventuras de viajante, não é que esteja louco , talvez por que seja amante, e por ventura agora distante, venho falar coisas desprovidas de nexo, astúcia e compreensão, mas então voltando ao mundo imundo mundano, concedo a palavra que por hora tive, e quem sabe papo vai idéias vem, algo de bom, apareça por essas linhas...

Uau! Eu peço fôlego, que me foi tirado, de desafio tão inesperado - como um repentista, que de repente bate o pandeiro pulsante e com seu verbo inspirado, me convida tão elegante, para conversar em um jeito maneiro e esperar que daqui saia um verso dourado...
Fôlego retomado, ainda um pouco desconsertado, aceito feliz a conversa diferente, com jeito de repente, que vai dizendo sem intenção de fazer sentido, sem ter nada combinado, falando tudo de improviso, emenda tudo que vai vendo até que magicamente tudo está unido e o público bem servido...

É meu caro, não sei do que falo, quem sabe de choro, saudade e tristeza, ou melhor de amor alegria e beleza, ou será que não falo, por falar demais?! A propósito indago você meu brilhante rapaz, essas bolhas no leite é sempre normal? O mundo melhora na copa do mundo e no natal? A guerra, a fome, essas coisas da vida, a cidade bandida, tais problemas sempre se tornam banais? Sempre ficam para trás? Ou será que não me chega tal informação?“O ronco de fome da barriga do menino esta resolvido, esta mais animado agora nutrido” É comum ouvir o ronco do rojão, era gol do Brasil, salve a seleção, esse nosso país mas que confusão..

Em meio a tanta confusão, quem sabe o melhor não seja pensar por outra visão. Encontrar o motivo de riso na mais pura tragédia, mudar o jeito de pensar e rir para não chorar, mesmo pois agindo assim poderemos evitar uma desidratação. E leite com bolha é bom evitar, água oxigenada só é bom pra peruada que assiste a novela e quer imitar. Se o mundo melhora na copa e no natal, pode ser fato apenas superficial, mas o presente chegando e o brasil ganhando faz parar de aparecer que em brasília a coisa vai mal..

Difícil é agradar gregos e baianos, nessa agora minha Bahia tem paisagens que são covardia, belos espetáculos dessa natureza, coqueiros centenas, ensaios e bandas, festas todo dia, o povo sempre sorrindo, Caetano é lindo, Gil é lindo, é tudo lindo... agora é óbvio que existem os acasos, alguns apostam no bicho... outros na bala bem quente que sai do revolver matando gente e é no tombo do ser humano que esta a alegria.. ouso dizer que também é covardia, mas se acontece sempre quase todo dia e ninguém reporta ou ao menos se importa, errado estou eu aqui, querendo algum tipo de paz, o que será do emprego do rapaz, que trabalha tão bem vestindo emocionado o palito de madeira, naquele velho amigo de todo dia, que de manhã cumprimentava com alegria dando sempre bom dia e um bom trabalho...

Pois é meu amigo, não sei até onde a alegria é certeza, se a verdade é uma beleza, pode mesmo até ser que tudo seja covardia, enfrentar a natureza munido apenas da destreza de sobreviver a cada dia, de enganar os olhos e enfeitar os monstros, pintando-os de palhaços, satirizando os balaços, apostando com os santos...
Esperando um novo dia, ir pra tróia sem o resto da cavalaria, desafiar Zeus e brincar com Hades, insistir em levantar quando o natural é cair... só nos resta compartilhar, nossas histórias em conversa para registrar, que não estamos sozinhos e que sempre vamos levantar... um dia, histórias vão contar, dos heróis perdidos que desafiaram de anjos caídos aos que comandam os ventos e as marés...

Entraste em um assunto que sempre fui curioso, essa mitologia e a fé dos cristãos, já pensaste o que será de ti, se o Bendito Bento que hoje dos vivos é do mais alto escalão dos santos que temos, visitaste o meu Brasil, o seu Brasil, o nosso Brasil, e passeou bem tranqüilo por nossas avenidas em seu Batcarro com vidro blindado. Agora sou chato e pergunto de novo - Se ele, que é santo usa vidro blindado, eu faço o que, que sou um pobre ousado? Agora venha cá, qual a sua religião?

Minha religião deve ser pecado, acredito que fui ousado, talvez demais em meu ato de não aceitar a força do vento para me curvar e dizer que a natureza não ira me impedir de ir a qualquer lugar...
Se ele é santo e usa batcarro, os deuses voavam e mesmo assim estavam à mercê do pecado, também erravam, guerreavam e tinham medo dos homens ousados. Se você diz que é chato, digo chato é quem me diz, que quer decidir o futuro do meu país, por uma lei de seres superiores e divinos, que privilegia beneditinos, que se escondem em uma batina e vendem verdade divina.
Depois de tantas heresias, minha vez de ser curioso, existe algum ensinamento divino que te guias?

Meu caro amigo sou desprendido de crença qualquer, não tenho condições de temer a Deus, pois se fosse bom não precisaria temê-lo. Mas o cara deve existe e é um fanfarrão, as vezes até converso com o barbudo, e imagino ele sorrindo todo puto, por que sei que ele ate me gosta por ser assim espivetado, é melhor ser assim um menino abusado, do que um sujeito sem-noção que bate em sua mulher de dia e a noite vai para igreja chamar aos outros de irmão. Eis o mistério da fé, já alerta na frente o homem quem tem o dom de levar a palavra, o dom de explicar tudo que prega, e cada sentido que convêm com a nossa história, eis um homem esperto que aproveita cada virgula para ensinar o que é certo, e certamente vai perguntar no final no ato, culto, reza sei lá – É débito ou crédito sua forma de ajudar – isso não é para mim, deixo para quem pode, deixar a vida ser regrada por um livro de 1 milhar de paginas, então eu fico com os hobbits, embora pequenos e disformes, pregam amizade e alegria, regada a cerveja e cantorias, e nem lembram de Satanás...

Caro amigo, vejo que entre cerveja e cantorias, é que este diálogo merece acabar, como numa conversa de bêbados que vamos embora alegres à cantar... a noite chega e o sono começa a pesar, amanha é outro dia e eu tenho que acordar, boa conversa tivemos hoje, bons momentos sempre vão acontecer, só espero que como os hobbits, na próxima vez, tenhamos cerveja para beber!
Um forte abraço!

É amigo, eu também já vou indo, o sono vem vindo, e não me deixa ficar, um forte abraço, valeu pelo papo e concluo com isso..





Making Off


" Para o nosso Brasil é torcer para atacar, para a bala atirada é correr ou pular, para o leite com soda é melhor beber coca, e assim vou vivendo com alegria na vida e sorriso no olhar, pois não sou homem de leis e nem ando esperando jesus voltar"


" Uma viagem do olimpo à bahia na velocidade duma bala perdida, nos perdendo em assuntos dos mais diversos e matando a religião por acidente..."

"Já estou no Jingle-Bell"

Uma vez ouvi essa frase de uma professora minha de matemática no colégio. Ela queria dizer que pra ela o semestre ja tinha acabado, e mal estávamos começando novembro... bons tempos.
Agora a cena daquela porfessora exemplar falando aquele absurdo sempre me vem à cabeça quando vou fazer compras no mercado e dou de cara com um enfeite enorme e vermelho para simbolizar o natal...

Mas que merda!
Voce vai no mercadinho comprar leite com o dinheiro contado, ferrado porque ainda tem umas mil coisas pra fazer, pensando seriamente em trocar aqueles doze litros de leite por um belo litro de Smirnoff na promoção - e tem que escutar uma musiquinha muito mal feita dizendo que as pessoas são felizes e etc...

"É natal, é natal... leite à um real..."
Por falar no leite, finalmente o preço caiu por essas bandas. Tempos atrás, comprar uma caixa de leite envolvia uma análise complexa de todas as minhas economias e um planejamento estratégico dos dias para não faltar o pão ou mesmo o cafezinho nosso de cada dia.
Mas agora o preço caiu!
A explicação mais imbecil, porém mais lógica que ouvi sobre a mudança do preço do leite no meio do ano foi que estávamos na entre-safra do produto.
Entre safra do leite!?
Pois é, gozado, mas, dizem que tem uma época do ano que a grama não tem os tantos nutrientes necessários para as vaquinhas produzirem seu leitinho e assim temos menos leite.
Entre-safra da grama = entre-safra do leite.
Como se bebêssemos leite de vaca.
Acho que eles esquecem de falar que tem entre-safra da soda cáustica e da água oxigenada.
Mas acho que a explicação pra tudo isso seria ainda mais maçuca que a da entre-safra do leitinho.

Mas é natal!
Ainda não, mas as lojas finjem que sim e toda a mídia se une para falar que tá tudo bem, que o leite tá mais barato, e que devemos esquecer esse negócio de adulteração...

Mas deixa pra lá, o negócio agora é comemorar, esquecer que quase nos fodemos, ou nos fodemos nas provas de fim de semestre, que vamos trabalhar até dia 23 e que o próximo ano será igualzihno.

Bom, igualzinho não...



Feliz natal a todos os corinhtianos, porque o ano que vem não vai ser tão feliz assim pra eles...
(Poxa Tiezão, esse não foi o teu ano...)

Bom, meu Jingle-Bell está longe ainda, mas como o meu time ganhou, e é, ou vai ser, natal eu acho que vou comprar aquela vodka e esquecer os problemas.

Esses caras do kibeloco até são engraçadinhos, de vez em quando... só.